Denunciante pode ganhar recompensa

O Governo do Estado vai instituir um programa de oferta de recompensa para encontrar foragidos e fugitivos. A garantia vem do secretário estadual de Segurança Pública, Geraldo Araújo. A definição das bases desse programa e dos valores que podem ser ofertados começaram a ser discutidos com o ex-consultor do mercado financeiro, José Antônio Borges Fortes, conhecido como Zeca Borges, 64 anos, que é há 15 anos o presidente do Instituto Brasileiro de Combate ao Crime, entidade que coordena o Disk-Denúncia no Rio de Janeiro.
Ele esteve em Belém no dia 13 deste mês e conversou com a repórter Micheline Ferreira, de O LIBERAL, informando com exclusividade que esses valores podem ser iguais aos pagos no Rio, entre R$ 300 a R$ 500, além de explicar que o serviço precisa contar com a adesão e apoio de toda a sociedade civil organizada. E isso inclui a mobilização de empresários para ajudar a custear, também, o Disk-Denúncia do Pará, com valores que podem ser entre R$ 50 mil ou um pouco mais por mês.
 Como surgiu o Disk-Denúncia?
 O Disk-Denúncia surgiu de uma crise de Segurança Pública no Rio de Janeiro, quando em 1995 ocorreu uma onda de sequestros a notáveis, empresários. Nós chegamos a ter em um ano 109 sequestros. E isso sempre dava um saldo de pessoas em cativeiro, de seis a 12 pessoas, como se fosse um saldo bancário - libertavam dois ou três e sequestravam outros. Foi quando um grupo de empresários, banqueiros, advogados, OAB e outras entidades resolveram ir ao governador dizer que queriam ajudar a resolver o problema. Eu fui procurado. Trabalhava com especulação financeira e vários bancos me pediram um projeto nessa área. Peguei informações de um sistema nos Estados Unidos e Canadá, que se chamava Crime Stop, e que se baseava na denúncia anônima e no pagamento de recompensa. O programa tinha resolutividade e apenas adaptamos à realidade brasileira.

**Leia o texto na íntegra em O Liberal
*Fonte: Caderno Atividades do Jornal: O Liberal, Belém 17 de janeiro de 2010.