Diariamente encontramos pessoas reclamando das
condições "das vidas" que levam. Neste quesito o ser humano é uma
máquina altamente produtiva quando o assunto é a produção de desculpas. Criamos
desculpas quando falhamos ou mesmo quando nem desculpas temos para usá-las. Mas
o que se esconde por trás de tudo isso.
Seria a declaração de impotência no enfrentamento
dos problemas da vida ou uma mera condição de autodefesa para tudo que
não dá certo quando realizamos algo?
No primeiro caso, inúmeros são as pessoas que se
utilizam das desculpas para não encarar a vida de frente. Aqui as pessoas
demonstram-se aparentemente frágeis e ou mesmo incapazes de bater de frente com
a vida. Preferem colocar-se numa condição de latência e só agem quando extremamente
provocados. Adotam um módulo de passividade tamanha que quase beiram a
servidão...
No segundo, as pessoas usam as desculpas como
mecanismo de defesa toda vez que suas ações ainda que planejadas
fracassem. Neste módulo, invocam de seres divinos e quando não
buscam qualquer outro recurso que possam produzir respostas(desculpas) para
explicar seus infortúnios.
É inegável que não podemos viver sem as desculpas
em nossas vidas. Contudo quando isso se transforma num elemento principal em
nossas vidas é chegado o momento de uma auto-avaliação responsável para que
possamos nos desvencilhar da adoção de desculpas como um mero instrumento de escapismo da realidade.
Devemos
utilizá-las, sim, da forma como esta deve ser, não para se negar a
produtividade, mas como recursos justificativo dotado de coerência que amenize
as amargura de alguns insucessos que tomamos em alguns momentos em nossas
vidas.
Portanto, desculpas devem ser usadas com certa coerência e racionalidade,
mas quando utilizadas como forma de fuga não é desculpa, é doença. Pare de
inventar desculpas para a vida, pois a vida não se desculpa para ser vivida por
você.
Antonio Soares
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