Após as paralisações que marcaram os últimos dias no Judiciário paraense, os servidores decidiram entrar em estado de greve até a definição do reajuste salarial de 2012. Em comunicado divulgado ontem, a direção do Sinjep (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário do Pará) informa que, em assembleias ocorridas nos dois últimos dias, a categoria avaliou a manifestação como positiva e decidiu entrar em estado de greve. "A qualquer momento os servidores da Justiça Paraense poderão paralisar suas atividades", diz o documento.
De acordo com a direção do Sinjep, cerca de 70% dos servidores aderiram às paralisações, motivadas por anseios salarias da categoria. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 27,77%, mas a presidência do Judiciário sinalizou com apenas 5,48%. "Com esta proposta, o Judiciário fomenta a tão repudiada discriminação, uma vez que no mês de janeiro de 2012 a direção do Tribunal concedeu aos assessores de desembargadores o percentual de 27,77%", diz o documento.
A direção do sindicato informou ainda que uma nova paralisação está programada para o dia 27 de março, quando o sindicato estará reunido com a presidência do Tribunal. Segundo o Sinjep, na reunião o TJE deverá apresentar uma contraproposta de reajuste aos servidores. O sindicato irá realizar ainda outras mobilizações, como o "Café com o Sinjep" no dia 23, em frente ao Fórum Cível de Belém, além da confecção de camisas, panfletos e adesivos alusivos à campanha salarial 2012.
A nota informa ainda que a Assembleia Geral dos Servidores do Judiciário do Pará repudiou a atitude de Aluízio Noronha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário (Sindiju), que, segundo o Sinjep, "usurpou o movimento de paralisação dos servidores realizado no dia 13 de março".
Jornal Amazônia
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