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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

ESCOLA E DROGAS: MISTURA INDIGESTA

Tenho dito que a boa ou a má formação familiar pode transforma um futuro cidadão num meliante. As famílias que presam pelos valores e consolidam estes no interior de seus lares criam seus filhos com segurança e diminuem em muito as possibilidades de reduzir um numero significativos de malfeitores.
Contudo ultimamente estas vêm perdendo terreno para as drogas. Como um verdadeiro tsunami avassalam as famílias, ceifam sonhos e vidas. E quase que ficamos refém diante da sensação de insegurança. Alunos fora das escolas experimentam maconha, cheiram cocaína e/ou substancias das mais diversas. Não importa mais as consequências, apenas o prazer que elas proporcionam.
Nesta viagem apenas de ida e muito raros os que voltaram vem oportunizando nos bancos escolares cenas atrozes de jovens que muito cedo rendem-se ao vício, mas cegos acreditam que encontraram a porta do “paraíso astral”.
Os jovens de hoje são mais fracos que os de ontem. Os de outrora muito embora alguns já houvessem tido conhecimento das drogas,  encontravam meios para suportar as tensões sejam elas das mais diversas fontes. Os jovens de hoje não suportam as pressões e acabam buscando refúgios nas drogas. Esquecem que ao entrarem dificilmente poderão sair do mundo destas. E ultimamente nas baladas e nos mais obscuros cantos da sociedade envolvem-se com drogas e seus demônios gerenciais.
Assim, quando brigam nas baladas quase sempre esses conflitos acabam ganhando o espaço escolar. Pois é nele que os adversários, ou melhor, os inimigos, sabendo do local em que seu desafeto se encontra, buscam meios de tocaiá-los para fazer o pior. Então um espaço que antes era reservado apenas para a produção e transmissão de conhecimentos e  formadores de cidadãos viram verdadeiros palcos de guerras.
Os pais perdidos nos devaneios capitalistas trabalham e acabam esquecendo de seus filhos. Estes achando-se livres e sem alguém que os estabeleçam limites criam suas próprias regras e passam a acreditar que são capazes de criar seus piores pesadelos e resolvê-los. Infelizmente não demora e eles passam a perceber que ainda são muitos frágeis e que ainda não estão preparados para derrotar os diabos alucinógenos que criam ao adentrar no mundo das drogas.
Resultado, nos mais variados tipos de imprensa o que mais se acompanha são os números gritantes de adolescentes que morrem ao penetrarem num mundo obscuro das substâncias proibidas. E, nóis,  pais, professores, e a sociedade como um todo reagimos muito timidamente a um fato que já comprometeu quase que 70% de nossas sociedades. Pois não é difícil  de perceber que jovens que não trabalham e nem estudam ostentam certa garbosidade prematura e momentânea.
E a escola acaba em meio a esse inferno existencial virando um  palco preferido não apenas para satisfazer suas violências, mas que acaba virando um palco de sustentação da primazia do mais forte sobre o mais fraco. Alunos intimidam alunos, professores que são intimidados por alunos, estes que não tem noção do perigo e perderam o significado da vida. Acabam transformando as unidades de ensino num terror.
Se assim continuar e não houver uma resposta a altura, não demora e os professores mais preparados para lidar com essa massa  serão os carcerários. O problema aí é que a pedagogia que eles aplicam não é tão tolerante. E, taí, talvez por estarmos tão tolerantes nos dias de hoje é que os jovens inexperientes querem conduzir os mais experientes. Nunca tive o conhecimento de uma sociedade e que as regras tenham sido ditadas pelos mais jovens, são os mais velhos  é que devem conduzir os mais novos. E enquanto, os mais experientes, não assumirem a coragem de tomar as rédeas do processo de condução da civilização, os jovens perturbados, meninos-homens, sem limites e valores, transformarão não apenas as escolas num inferno, mas toda a sociedade.
Já está na hora de darmos uma basta nesta situação.  Todos sabemos por onde devemos começar, por nós mesmos.

Antonio Soares da Silva – Pedagogo, Especialista em Gestão Escolar.

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