Um professor da escola Rio Tapajós, em Santarém, no oeste paraense, é acusado de manter relações sexuais com um jovem de 17 anos que estaria inconsciente na casa dele, durante uma festa. Uma pessoa que estava na residência do professor Eduardo Cardoso filmou tudo e postou o vídeo na Internet. O autor da filmagem já foi identificado pela polícia. O delegado Nelson Nascimento, da polícia santarena, pediu ontem a prisão preventiva de Cardoso. O professor foi ouvido em depoimento por Nascimento e está impedido de sair do município.
Cardoso foi afastado da escola, onde leciona há dez anos. Ele tem 27 anos de serviço público e não foi localizado pelo Diário para relatar sua versão dos fatos. A técnica da 5ª Unidade Regional de Ensino (URE) da Secretaria Estadual de Educação, Socorro Bendelack, foi designada para apurar o caso. Ela esteve com o professor, que teria confirmado a relação sexual com o adolescente.
Bendelack considerou o caso “delicado e muito grave”, afastando imediatamente o professor da sala de aula, embora o adolescente não estude na escola onde Cardoso leciona. Depois de ouvir o professor, Bendelack elaborou e encaminhou para Belém um relatório para que a Seduc tome as providências. A repercussão da denúncia contra o professor deixou preocupados os pais de alunos da escola Rio Tapajós. Alguns pais estiveram ontem na secretaria da escola procurando obter esclarecimentos da direção.
MORAL
A Seduc, em nota, informou ter instaurado processo administrativo disciplinar contra Cardoso “pelo cometimento, em tese, de infração aos deveres de discrição e de observâncias aos princípios éticos, morais, as leis e regulamentos”. Em portaria assinada pelo secretário de Educação, Luís Cavalcante, ele determina o afastamento preventivo do professor “sem prejuízo de sua remuneração”, pelo prazo inicial de 60 dias, podendo ser prorrogado por igual período por conveniência e interesse da administração.
A portaria também informa que foram designadas para compor a comissão processante as servidoras Tânia Margareth Gomes Marques, Maria de Nazaré Moraes Batista de Sá e Eliana Maria Ramos Nascimento, para apurarem o caso no prazo inicial de 60 dias, em regime de dedicação exclusiva, sob a coordenação do Núcleo de Disciplina e Ética da Seduc. (Diário do Pará)
Fonte: http://www.diariodopara.com.br/N-95226-PROFESSOR+E+ACUSADO+DE+ABUSAR+SEXUALMENTE+DE+JOVEM.html
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