Nossas sociedades ocidentais há milhares de anos confabulam a imaterialidade e materialidade platoniana. Estas, neste espaço-tempo meta-ideológico escravizaram-se pela sua capacidade limitada de compreensão do desconhecido. Perderam-se na certeza do certo que acreditam.
Buscam, ainda sicronizar o diacrônico espaço-temporal. Mas não ousam em questionar o Além Muros. Refiro-me ao fato do homem em não usar e saber o que originou “Deuses” e o “Big-Bem”.
Não perguntamos se ambos têm pais ou mães? Vivemos os dois lados dessa moeda, mas não nos arriscamos em labutar sobre o que originou tal dualidade e acima de tudo, tememos trilhar caminhos sem pontos de referências no qual podemos nos amparar.O homem tem medo do desconhecido, lhe gera insegurança e talvez seja esta a fonte de tudo que hoje professamos.
Se não, vejamos:
Vivemos num mundo ora dogmatizado pelas profecias doutrinárias religiosas, ora pela rebeldia científica que insiste em pregar o contrário. Neste campo bilateral diacrônico perdemo-nos em nossos conceitos devanesianos. Ou seja, tememos questionar o que gerou os “Deuses”. Não perguntamos quem veio antes dos deuses ou mesmo o que ocasionou os fatores para o surgimento do Big-bem. Tudo que o homem acredita e fundamenta neste mundo parti do ponto origem: deuses e do big-bem. Mas o que poderia ter provindo ou acontecido, antes de tudo isso? O homem não se remete a esse propósito!
Eis a questão. Contrário aos passarinhos, por não terem consciência
do vidro, material sólido transparente, morrem tentando ultrapassá-lo para o outro lado. Sempre convictos de que podem chegar ao outro ladro...
O homem, a contrário sensu, ser racional, tem medo de buscá-lo. E os poucos que ousaram foram rendidos pelo cansaço e acabaram imersos nas suas sacralidades dogmáticas operantes, inclusas inconscientemente, sempre a priori.
Erra, ainda quando teoriza o big-bem, vez que falha ao fundamentar o que o antecede. Ou seja, o homem vive o sempre a posteriori do a priori totalmente desconhecido.
Em suma, se não busca a origem das origens, não busca a si. Pelo contrário, mostra que neste mundo está perdido, mas mesmo assim acredita nas suas certezas levianas incertas. Pois de uma coisa tenho certeza, as respostas não estão nos muros “deuses e big-bem”, mas o que por traz destes toda a essência ainda não foi ousada.
Anrtonio Soares
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