O BLOGUAMA mudou para http/profantoniosoares.blogspot.com.br

domingo, 8 de abril de 2012

Heraldo Pereira: 'Só eu e minha família sabemos o que sofri'

À revista Raça Brasil, o jornalista Heraldo Pereira diz que buscava retratação de Paulo Henrique Amorim e conseguiu: "Não vou permitir que um indivíduo que faz propaganda do que é ser negro em suas rodinhas de convertidos tardios ao esquerdismo venha me dizer o que é ser negro"; leia a entrevista

247 - O jornalista Heraldo Pereira enfim falou publicamente sobre a pendenga jurírica que travava com o blogueiro Paulo Henrique Amorim desde que passou a ser desqualificado pelo colega por termos como "negro de alma branca" no blog Conversa Afiada.
 
Em entrevista sobre a carreira no jornalismo à revista Raça Brasil, Heraldo diz que ficou satisfeito com a decisão judicial que obrigou PHA a se retratar, apesar de alguns "sobressaltos" -- "meu ofensor fez outros comentários junto à retratação no blog em vez de publicá-la pura e simplesmente como mandou a decisão judicial".
"O que eu buscava com uma condenação, consegui. Ele teve que se retratar", disse Heraldo à revista, em entrevista que pode ser lida na íntegra clicando aqui. Abaixo, segue o trecho mais contundente do relato de Heraldo Pereira sobre o caso:
Como recebeu a notícia sobre a condenação do jornalista Paulo Henrique Amorim, que teve que se retratar e pagar uma indenização de R$ 30 mil. O que esse episódio representou para você?
Para ser exato, antes que o juiz civil julgasse a ação indenizatória, por danos moral e à imagem, o réu aceitou tudo aquilo que eu exigia como forma de reparação pela grande injúria que sofri: pagamento de R$ 30 mil reais para uma instituição de caridade, retratação cabal feita no próprio blog dele, que vai permanecer em arquivo por mais de dois anos, e a publicação da mesma retratação, cujos termos falam por si só, nos jornais Folha de S. Paulo e Correio Braziliense. Tudo pago por ele.
Você ficou satisfeito com a condenação?
O que eu buscava com uma condenação, consegui. Ele teve que se retratar. É uma sentença definitiva. Claro, houve sobressaltos. Apesar de assinar o acordo em que nega tudo o que afirmara por longos três anos, meu ofensor fez outros comentários junto à retratação no blog em vez de publicá-la pura e simplesmente como mandou a decisão judicial.
Meu advogado, Dr. Paulo Roque Khouri, imediatamente, deu ciência ao juiz Daniel Felipe Machado, da 5ª Vara Civil do TJDFT, que mandou retirar os comentários. No Correio Braziliense, isso não aconteceu. E, na Folha de S. Paulo, a retratação só foi publicada com atraso e na edição paulista.
Tudo isso ainda voltou para que o juiz examinasse se o acordo foi honrado. De todo modo, creio que a Justiça que eu esperava na área cível foi feita em boa parte. E, agora, aguardo a definição do processo criminal, movido pelo Núcleo de Enfrentamento à Discriminação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Tenho para mim que na esfera criminal a ofensa será dupla e qualificadamente punida por crimes de racismo e injúria racial.

Noblat

Nenhum comentário:

orapronobis

orapronobis

Postagens populares

Total de visualizações de página