(Foto: Divulgação)
Quarta-Feira, 16/03/2011, 03:21:23
As condições precárias em que se encontra a Escola Estadual de Ensino Médio e Fundamental Professora Deuzuíta Pereira de Queiroz, localizada em Redenção, no sul do Pará, por pouco não ocasionaram uma tragédia. Ao tentar conectar um cano que abastece os dois freezers da escola que servem como bebedouros para os alunos, na tarde de segunda-feira (14), um filtro de aproximadamente três quilos, que fica preso por cima dos equipamentos, caiu na cabeça do diretor do estabelecimento, o professor de Matemática Josué Nunes Gomes Filho, 41 anos. “Eu fui tentar girar o freezer pra encaixar o cano, quando de repente eu senti só o impacto”, contou Josué Nunes, que no momento estava acompanhado do vice-diretor Anderson Borges.
Após ser atingido, o professor foi levado às pressas para um hospital particular. Sangrando muito e com um corte profundo na cabeça, ele foi atendido no setor de emergência do hospital e recebeu dois pontos no local do ferimento. “O médico disse que por pouco não aconteceu algo pior”, disse Nunes.
De acordo com Josué Nunes, a Escola Deuzuíta completará, em abril, 17 anos de fundação, porém os alunos e funcionários não terão muito o que comemorar, pois o local está caindo aos pedaços e oferece perigo constante a todos que estudam e trabalham na escola.
Ainda segundo o diretor, várias vigas de madeira que sustentam o prédio, que também é de madeira, afundaram e podem desabar a qualquer momento causando uma grande tragédia. “Nós tememos pela segurança dos nossos alunos, que estão estudando num local que não oferece nenhuma segurança”, afirma Josué Nunes.
Devido sua estrutura correr o risco de desabar, a Escola Deuzuíta, que funcionava como uma das maiores zonas eleitorais de Redenção, foi proibida, em 2010, pela Justiça Eleitoral de servir de local de votação. Além disso, ela também foi descartada para a realização de vestibulares, provas do Enem e concurso público. “A nossa maior indignação é de que como a escola não pode sediar mais esses eventos, como ela pode servir para ministrar aulas para os alunos”, questiona o diretor.
REFORMA
Conforme Josué Nunes, depois de ir por cinco vezes à sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), em Belém, o órgão garantiu liberar R$ 1.071.837,53 para a reforma da escola. No entanto, ele afirma que até o momento nada foi feito. Ele disse ainda que a engenharia da rede física da Seduc elaborou o projeto de reforma e mandou que fosse feita a licitação para a contratação da empresa que realizaria os trabalhos. A vencedora do processo de licitação foi a Construtora FLY, com sede em Belém, mas até agora nada de reforma.
(Diário do Pará)
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