O homem é por excelência um ser pragmático. Pois sabe que sua vida é curta e tudo que pode, fazer ou não, tem que ter respostas quase que imediatas. Mas esta relação não se estabelece quando o assunto são os erros do passado nos olhos do presente.
No presente o homem encontra-se num topo de uma colina da qual ele vê a plenitude de outrora e as turvas neblinas do futuro. E eis o problema, quando tenta reparar os erros do passado no presente, esquece do próprio presente. Quando tenta acertar no presente para fluir no futuro, atira no escuro e nunca tem certeza do que pode alvejar.
A insegurança é sim uma condição inerente da situação humana em sua vã passagem por estas terras. E enquanto o homem não encontrar equilíbrio entre o que faz ou não no trinômio passado, presente e futuro afoga-se num mar de incertezas, fonte primária de toda e qualquer miséria da vida humana.
Em suma, a incompetência de administrar o tempo se é que podemos administrá-los é que vem tornando o homem um mero pêndulo de seu relógio existencial. No qual de um lado para outro busca respostas das perguntas que ainda não fez.
Antonio Soares
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