Crônicas da vida política

Participar de reuniões políticas é a mesma coisa que “me engana que eu gosto”. Ou seja, Os candidatos aparecem, fazem seus discursos, apresentam suas propostas para os anos de mandato, se eleitos. O povo escuta “atentamente”. Pede se tiver oportunidade e recebe se o candidato estiver num bom dia.

Este comportamento permanece até certo tempo. Tão logo o candidato principal realize seus discursos e o conclua. Novos comportamentos se apresentam. Agora são abraços, afagos dos candidatos nos eleitores e destes nos candidatos. Conversas de pé de ouvido. Pedidos, há tempos, não atendidos. Diálogos particulares ou isolados do público maior.

Ao término da reunião os grupos de desfazem. Os candidatos vão para outros locais repetir as estratégias. Aqueles que já foram prestigiados confortam-se com a “certeza” de que seus anseios sejam alcançados.

Por fim o que se vê é um enorme entrelaçado de interesses e jogo de artimanhas em nome do voto. Este quase não falado ou produto de discursos indiretos, para que as intenções não se tornem objetivas demais. Tudo isso, é claro, regado de certa nostalgia política.

Fazer o que, pois é só assim que nós, homos sapiens, aprendemos a fazer política. “Me engana que eu gosto”.