Independentes - Luta por realização profissional afasta mulheres do Pará do matrimônio
Foco na carreira, emancipação feminina e as liberdades que apenas a solteirice pode proporcionar. O compromisso assumido consigo - dos mais sérios, como a independência financeira total até os mais despretensiosos, como aproveitar cada momento da vida - empurra o casamento para o plano menos nobre da existência: o segundo. A falta de tempo para a construção de relações duradouras, o medo da submissão 'até que a morte os separe' e a reorganização de prioridades fazem com que a taxa de matrimônios no Pará seja pequena. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de casamentos no Estado é a mais baixa do Brasil.
O dado mais recente sobre o assunto foi registrado pela pesquisa Sínteses de Indicadores Sociais (SIS 2010). O estudo demonstra que a quantidade de casamentos a cada mil habitantes no Estado é apenas 4,4. A média, no período de 1998 a 2008, aumentou 1%. Há dez anos, a taxa de 3,3 era maior que a do estado do Amapá (AP), 2,5. Uma década foi o suficiente para elevar a taxa amapaense a 5,4 , ao passo que os paraenses ficaram na lanterna do ranking. No País, o número se manteve a 6,7 casamentos a cada milhão de pessoas. O líder de casamentos é o Estado do (AC), também na região Norte, com 12,0.
O divórcio símbolo maior do fim de uma relação a dois, é pedido na maioria das vezes pelas mulheres paraenses, 72% delas. O percentual da estatística não daria conta de explicar o que na sociedade já é evidente a olho nu: elas assumiram o comando e agora decidem quando, como, e se, vão casar.
O Liberal, Caderno Atualidades, em 26 de setembro de 2010.
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