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quarta-feira, 7 de abril de 2010

UFPA define vestibular até o final do mês

CAROLINA MENEZESDa Redação
Começa a ser definido oficialmente hoje como será o próximo vestibular da Universidade Federal do Pará (UFPA). Depois da extinção do Processo Seletivo Seriado (PSS), membros de toda a comunidade acadêmica e convidados de Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) de outros estados se reúnem a partir das 9h no Centro de Convenções da UFPA, no campus do Guamá, para discutir propostas para o novo método de ingresso nos cursos de graduação. De acordo com membros da Reitoria, esse primeiro momento vai balisar a decisão do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), que definirá o modelo de prova e datas, entre outros, até o final deste mês.
O reitor Carlos Maneschy e a pró-reitora de Ensino e Graduação da UFPA, Marlene Freitas, adiantaram que há três propostas possíveis. Uma prevê a utilização total (pouco provável) do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), outra, parcial, e realização de uma única prova, além de redação, aplicada pela própria Universidade, com ou sem a utilização do Enem.
A partir do processo seletivo de 2011, candidatos às vagas ofertadas pela UFPA só poderão fazer a prova se estiverem concluindo no final do ano o Ensino Médio. Por exemplo: o aluno que está no 3º ano agora em 2010, poderá fazer o(s) exame(s), mas alunos do 1º e 2º ano não poderão mais prestar as provas, já que o vestibular seriado da instituição teve sua última edição este ano. Marlene Freitas, em recente entrevista a O LIBERAL, explicou que, depois de sofrer críticas e avaliações dos dirigentes da UFPA, decidiu extinguir o PSS.
"Era uma situação discutida desde 2007, que entrou em vigor este ano depois de várias discussões sobre o assunto. Além de tudo, é um processo bastante oneroso, e isso repercutia também para os candidatos, obviamente. Quando houve o cancelamento da primeira etapa do vestibular de 2010, precisamos recorrer ao Ministério da Educação (MEC) e pedir emprestado R$ 1 milhão para realizarmos uma nova etapa", revelou a pró-reitora.
O encontro de hoje deverá ser o ponto de partida para a definição do novo modelo. Depois desse debate, o Consepe se reúne para tomar a decisão. "Precisamos fazer isso o quanto antes. Os alunos que estão na última série do Ensino Médio, assim como os professores, estão preocupados em ter logo o conteúdo programático definido", declarou.
Outra questão já definida é o número de etapas, no máximo duas, isso se o Enem for adotado como parte integrante desse processo. Caso isso não aconteça, o candidato fará o processo que determina o ingresso ou não na Universidade. "Eu penso que há um grande grupo de pessoas que defende a utilização do Enem como uma das etapas para o acesso e não como forma única para tal, visto que é um processo que possui alguns problemas já identificados. Há também uma vertente que defende o acesso através de uma prova única feita pela própria UFPA, tanto que o Conselho Universitário (Consun) definiu isso há cerca de dois anos, quando foi definido que o PSS teria sua última edição em 2010", relembra Maneschy. "No entanto, nossas últimas experiências com o Enem nos levaram a ampliar esse debate, a discutir outras possibilidades. Não me posiciono contra a adoção do Enem como método único de ingresso na Universidade, mas vejo sim que não seria muito simples fazer isso de uma vez, e não sou só eu que vejo esse entrave, percebo outros entendimentos bastante semelhantes nesse sentido dentro da UFPA", disse o reitor Carlos Maneschy sobre o assunto.
ANSIEDADE
A ansiedade por parte das professores e pré-universitários é real, mas não tão grande assim. As escolas particulares, que iniciaram o ano letivo no final de janeiro, esperam apenas pela definição das leituras obrigatórias, visto que o conteúdo programático praticamente não sofreu mudanças nos últimos oito anos.
"Desde 2002 que a maioria das escolas segue o conteúdo definido pela UFPA, e o conteúdo pedido pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) também não diverge muito do que a Federal pede. Dessa forma, nossa única espera é pelo que será determinado em relação às leituras e, claro, pelo modelo adotado. A primeira avaliação dos alunos do 3º ano do colégio onde eu atuo teve prova de todo tipo: objetivas, analítico-discursivas e provão, tipo o do Enem, a gente já precisa preparar esses candidatos para qualquer possibilidade", explica Ranieri Mousinho, que coordena turmas de 3º ano do Ensino Médio em um grande colégio particular em Belém. "Eu gosto da idéia de um provão só, acho fantástica a idéia. É menos desgastante para os alunos", acrescenta.
A técnica em Educação Sueli Oliveira, que atua na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio "Domingos Acatauassu Nunes", no bairro do Marco, diz que o atraso da UFPA em definir datas e modelos não prejudicou os alunos da rede pública de Ensino, que só começou seu ano letivo em 15 de março.
"Temos praticamente uma semana de aulas apenas e seguimos com o conteúdo programático definido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Assim que a UFPA definir seu vestibular, apenas associaremos o que há de novo ao trabalho que já estamos fazendo. Em relação a isso, nossa ênfase em cima dos processos seletivos é real mesmo a partir do segundo semestre do ano", explica.












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